A notícia do possível relançamento de "Born Again", o controverso e subestimado álbum do Black Sabbath de 1983, tem agitado a comunidade do metal. Considerado por muitos uma peça peculiar na discografia da banda, o álbum marcou a única participação de Ian Gillan, vocalista do Deep Purple, em estúdio com a banda. A gravação, repleta de problemas técnicos e uma produção caótica, resultou em um som cru e pesado, mas que, na época, foi recebido com reações mistas.
Apesar da recepção fria, o álbum conquistou um status de cult ao longo dos anos, com muitos fãs reconhecendo a energia e a originalidade da gravação. A união dos riffs sombrios de Tony Iommi com os vocais potentes de Ian Gillan criou uma sonoridade única, que mistura o peso do Sabbath com a veia mais hard rock do Deep Purple. A expectativa de um relançamento em 2025 reacende a discussão sobre o real valor do álbum e a possibilidade de uma nova geração de ouvintes poder apreciá-lo em uma qualidade sonora superior.
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial. By ChatGPT.
O que esperar do relançamento
Os rumores indicam que a nova edição de "Born Again" pode trazer um tratamento sonoro especial. A mixagem original, que sempre foi alvo de críticas, pode ser finalmente corrigida, proporcionando uma experiência auditiva mais clara e poderosa. Muitos fãs esperam que o relançamento inclua faixas bônus, como gravações de shows da turnê da época ou demos inéditas, que poderiam dar mais contexto à curta, mas intensa, colaboração entre Gillan e o Black Sabbath.
Além disso, a arte da capa, que também foi motivo de polêmica, pode ser repensada ou, no mínimo, vir acompanhada de um encarte detalhado que conte a história por trás de sua criação. A imagem do bebê-demônio, que se tornou icônica com o tempo, dividiu opiniões, mas hoje é vista como um elemento intrínseco à aura bizarra do álbum. Um relançamento bem-feito poderia não apenas valorizar o material musical, mas também resgatar o legado visual e histórico desse período.
O relançamento de "Born Again" em 2025 não é apenas uma oportunidade para aprimorar a qualidade sonora, mas também para reavaliar sua importância na história do heavy metal. O álbum representa um momento de transição e experimentação para o Black Sabbath, demonstrando a capacidade da banda de se reinventar mesmo após a saída de dois vocalistas lendários, Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio. É um testemunho da genialidade de Tony Iommi em manter a essência do Sabbath, enquanto se abria para novas influências.
No final das contas, o relançamento de "Born Again" é uma celebração da ousadia e da resiliência do Black Sabbath. Ele oferece a chance de redescobrir um álbum que, apesar de suas falhas, transborda criatividade e energia, mostrando que a banda sempre esteve disposta a correr riscos em nome da música. Se os rumores se confirmarem, será um presente para os fãs e uma oportunidade para que o álbum receba o reconhecimento que, talvez, merecesse desde o início.