Os fãs do Deftones receberam uma notícia pouco animadora nesta semana. Em recente declaração, o vocalista Chino Moreno comentou sobre o futuro do álbum Eros, gravado em 2008 mas até hoje mantido inédito. Segundo ele, as chances de o trabalho ser lançado oficialmente continuam muito pequenas, frustrando aqueles que aguardam há anos por uma decisão definitiva da banda.
Gravado pouco antes do acidente que deixou o baixista Chi Cheng em coma — e que acabou levando à sua morte em 2013 —, Eros sempre foi envolto em um clima de mistério e expectativa. Desde então, o disco permanece como um capítulo não resolvido da história do grupo, frequentemente citado por fãs em entrevistas, fóruns e redes sociais.
Selbymay, via Wikimedia Commons.
Um capítulo delicado na história do Deftones
As declarações de Moreno reforçam que Eros ocupa uma posição delicada na discografia da banda. Além da associação direta ao trágico período vivido pelo grupo, há também a percepção de que o material não representa a evolução sonora alcançada posteriormente. Por isso, a decisão de mantê-lo engavetado parece, em parte, um gesto de respeito e também de coerência artística.
Ao longo dos anos, o Deftones lançou álbuns que redefiniram seu estilo e consolidaram sua relevância dentro do metal alternativo. Discos como Koi No Yokan (2012) e Ohms (2020) mostraram uma banda em constante transformação, que prefere olhar para frente em vez de revisitar trabalhos que podem não dialogar com sua fase atual.
Ainda assim, Eros permanece como uma peça de culto dentro da comunidade de fãs. Fragmentos e trechos já divulgados despertaram curiosidade sobre sua sonoridade, e muitos acreditam que o álbum poderia oferecer uma visão crua e única do Deftones em um momento de transição.
Com a nova declaração, porém, as esperanças de um lançamento oficial ficam cada vez mais distantes. O Deftones segue firme em sua trajetória criativa, mas deixa em aberto esse capítulo, lembrando que nem sempre a arte precisa ser revelada para manter sua força simbólica.