O mundo do heavy metal ainda está em luto após a morte repentina do guitarrista Brent Hinds, e a banda Mastodon marcou seu retorno aos palcos com uma apresentação carregada de emoção. O show aconteceu em 22 de agosto na Alaska State Fair, sendo o primeiro desde o falecimento do músico, que deixou uma marca inconfundível no metal contemporâneo.
Conhecidos por sua sonoridade complexa e pelas letras carregadas de simbolismo, os integrantes do Mastodon transformaram a performance em uma celebração da vida e do legado de Hinds. O público testemunhou não apenas um show de metal, mas um momento de comunhão e despedida, no qual a memória do guitarrista foi honrada de forma intensa e sincera.

Martin Schumann, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons.
Uma despedida em forma de música
Logo nas primeiras músicas, o Mastodon deixou claro que a noite teria um peso especial. Sem substituir o lugar de Brent Hinds no palco, a banda optou por adaptar sua formação e relembrar canções emblemáticas que carregam a identidade do guitarrista. O público respondeu com energia, cantando em uníssono e transformando a apresentação em uma homenagem coletiva.
Durante a apresentação, a banda projetou imagens de Hinds em telões, alternando fotos de sua carreira com registros pessoais. Em determinado momento, o vocalista e baixista Troy Sanders fez um discurso emocionado, agradecendo aos fãs pelo apoio e declarando que o Mastodon seguirá em frente “com Brent sempre presente em cada nota tocada”.
Além dos clássicos que marcaram a trajetória da banda, o setlist incluiu faixas raramente executadas ao vivo, escolhidas especialmente para celebrar a memória do guitarrista. Essa curadoria musical deu ao show um caráter íntimo, quase como uma carta de despedida escrita em riffs e distorções.
O retorno do Mastodon aos palcos após a tragédia reforça não apenas a força da banda, mas também o papel do heavy metal como espaço de catarse e resistência. Para os fãs, foi uma oportunidade de celebrar a vida de Brent Hinds e reafirmar a união em torno da música — um elo que permanece vivo mesmo diante da perda.